Casa Dos Estudantes Do Império – Helder Martins

Casa Dos Estudantes Do Império – Helder Martins

Casa Dos Estudantes Do Império – Helder Martins

“Na CEI houve tudo: bons e maus estudantes, uns que tiraram os seus canudos no tempo mínimo e com boas notas, outros que consiguiram atingir o almejado canudo com notas menos boas e/ou num tempo mais dilatado e ainda os que nunca tiraram curso nenhum, também os que mudaram de curso várias vezes e mesmo os que nunca passaram do 1.º ano. Esta realidade é afinal a realidade de muitas outras associações de jovens estudantes, onde há de tudo. Não fomos diferentes dos outros.”

” Para mim, está é a verdadeira face humana da Casa. Uma Associação de jovens onde há de tudo, dos mal-humarados, aos eternos bem-dispostos, dos estudantes exemplares, aos maus estudantes, dos sócios dedicados e empenhados, aos poucos participativos, dos engajados policamente, aos  ‘apolíticos’, dos simpáticos aos antipáticos.

Nós eramos como outros jovens nos condicionalismo daquela época. Éramos humanos, com tudo o que há –
de grandeza na natureza humana e com tudo o que pode haver de mesquinhez. Transformarem-nos hoje em ‘heróis’ é desumanizar-nos!”

“Nos 5 anos de funcionamento, mais ou menos livre, entre 1956 e 1960, a Casa foi uma grande escola –
do nacionalismo africano e serviu para consolidar a consciência anticolonial em muitos de nós, como aliás, tudo indica, que já tivesse sucedido nos últimos anos que antecederam a nomeação da Primeira Comissão Administrativa.”